
(pormenor do fresco do século XVII do coro baixo do Convento da Saudação)
Em época medieval e moderna, a concepção de talheres à mesa era diferente daquela que hoje existe. De longe, o talher mais utilizado à mesa seria a faca (em metal e frequentemente com cabo de madeira ou osso), que cada individuo traria sempre consigo como ainda hoje o faz o alentejano mais tradicional. A faca também seria de extrema importância durante a preparação, à qual se juntava aqui o uso da colher que, por sua vez, raramente era usada à mesa. O garfo só mais tarde seria introduzido, primeiro como objecto de uso comum e depois como talher individual.
A ausência quase total de talheres à mesa levava à necessidade a uma maior higienização das mãos que, após cada refeição (embora não fossem tantas quantas aquelas que aplicamos hoje ao nosso dia-a-dia) e após o contacto directo com os alimentos, precisariam de ser lavadas e, para tal, seriam usados alguidares com água, à qual em casas mais ricas eram adicionados perfumes.
Incorporadas em base de dados estão, neste momento, na Morbase 10 facas e/ou fragmentos deste talher que pode encontrar usando o nosso motor de pesquisa ou seguindo este link.