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Topónimos rurais de Montemor-o-Novo

(Anta 1 do Paço – Ciborro, concelho de Montemor-o-Novo)

 

Autor: Jorge Fonseca

CHAM – Centro de Humanidades, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

 

Fotografia: Serviço de Património Cultural (Município de Montemor-o-Novo)

Gabinete de Informação, Comunicação e Imagem (Município de Montemor-o-Novo)

Rodolfo Pimenta

 

 

INTRODUÇÃO

Os nomes de lugares, ou topónimos, surgiram da necessidade de os seres humanos se referirem, de modo simples e inequívoco, aos sítios por onde se deslocavam no dia-a-dia, onde certas pessoas residiam e trabalhavam, ou onde ocorriam determinados acontecimentos. Se isso se passava em aldeias, vilas e cidades, atribuindo-se espontaneamente designações a ruas e praças, ocorreu igualmente nos espaços rurais, pois também aí a mesma necessidade se impunha. Em épocas em que as atividades agropecuárias eram preponderantes na economia e uma elevada percentagem da população vivia no campo, indispensável se tornava nomear sítios, grandes e pequenas propriedades, fontes, caminhos, cursos de água, montanhas e outros acidentes do terreno.
Ao contrário do que fizemos no levantamento de topónimos urbanos da cidade de Montemor-o-Novo, em que, dado o seu limitado número, houve a preocupação de exaustividade, quanto aos topónimos rurais essa opção nem sequer foi considerada devido ao seu número quase infinito. Foram selecionados para uma abordagem individualizada os nomes cuja forma atual, após séculos de uso, dificulta uma fácil compreensão da sua origem ou significado. Desenvolvemos também os topónimos que, embora com um significado claro, nos pareceu que careciam de uma explicação mais pormenorizada.
Dos aspetos que mais influenciaram a formação de topónimos na área rural do atual município de Montemor-o-Novo foram a predominância ou existência de espécies arbóreas ou arbustivas. Com menor frequência, a existência de animais, de água, de fontes, de pontes, de edifícios religiosos ou civis, de atalaias, cruzeiros ou marcos e de monumentos megalíticos. Também a localização, a dimensão e a forma e características dos terrenos teve uma influência de relevo. E o mesmo se passou, nalguns casos, com a ocorrência, nos locais, de acontecimentos hoje desconhecidos, mas que deixaram, mesmo assim, marcas indeléveis. Tratando-se de propriedades, a pertença aos respetivos senhorios, individuais ou institucionais, frequentemente remotos, foi, como se verá, igualmente um fator decisivo de atribuição de designações.
Dentro do primeiro grupo podem-se encontrar exemplos como: herdades da Amoreira, do Azinhal, do Carvalhal, do Carrascal, da Figueira, do Freixo, da Nogueirinha, do Pinheiro, das Silveiras, do Sobral, do Zambujeiro e a fazenda das Romeiras. A abundância de animais, de criação ou selvagens, para a caça, deu origem a outras designações: herdades da Azinheirinha dos Coelhos, da Bacoreira, da Serra de Lebres, de Tourais e eventualmente de Giblaceira (Javalacira). A abundância de água deu o nome à herdade da Água de Todo o Ano e a existência de fontes justificou os topónimos das herdades da Fonte do Cortiço, da Fonte Ferreira, da Fonte do Calvo, da Fonte da Mó, da Fonte do Prior e da Fonte Santa. A proximidade de pontes determinou os nomes da Quinta da Ponte e do moinho da Ponte de Évora.
A proximidade de igrejas e capelas influenciou nomes como a horta de São Pedro, a courela e quinta de São Gens, a herdade da Igreja e as herdades de Santa Margarida e de Santo André. A presença de edifícios civis foi assinalada nas fazendas das Casas Altas e da Torrinha e nas herdades da Amoreira da Torre, do Carvalhal da Torre, da Torre da Gadanha e da Casa Branca. Atalaias, torres de vigia da aproximação do inimigo durante as lutas com os Muçulmanos, cruzeiros em lugares relevantes junto aos caminhos, e marcos de divisão de propriedades, surgem ocasionalmente como topónimos: herdade da Atalaia, sítio e quinta da Cruz Velha, sítio da Cruz da Picada e herdade do Marco del Rei. A presença de construções megalíticas pré-históricas, cujo aspeto e dimensões têm impressionado os seres humanos ao longo dos tempos, motivaram também a atribuição de nomes, como nas herdades da Anta e da Pedra Longa e na herdade da Cabeça de Mouro.
A localização, a dimensão de propriedades e a forma e características do terreno ficaram assinalados: no primeiro caso, nas fazendas da Azinhaga e da Volta, no olival de Entre Águas e na herdade do Curral da Légua; no segundo, nas Quintas Grande e Pequena, na fazenda do Chão Grande e na herdade de Campo Maior; no terceiro, na povoação e herdade do Escoural, na sesmaria do Barro Vermelho, e nas herdades do Espinhaço, de Monfurado, do Outeiro, do Outeiro Maior e da Serra. A proximidade de cursos de água torna-se evidente nas herdades de Guadelim e de Rio Mourinho. A ocorrência de certos acontecimentos marcantes, embora efémeros, deixou vestígios na courela da Má Cousa, na sesmaria da Perdição, na fazenda do Mal Enforcado e nas herdades de Corta Rabos e de Mata Ladrões.
Finalmente, o nome dos proprietários foi o fator determinante da maioria dos nomes. Em muitos casos a memória desses donos perde-se na noite do tempo, mas noutros é possível documentar a sua filiação. A pertença aos reis de Portugal pode observar-se no Olival del Rei e nas herdades do Azinhal del Rei e do Marco del Rei, assim como na povoação e herdades do Reguengo. A ligação aos Alcaides Mores de Montemor, na herdade do Castelo. A propriedade por parte de nobres não especificados, na fazenda de Ricome e na herdade de Vale de Nobre. A de nobres titulares, na Courela do Conde. E a de outros proprietários leigos, na quinta dos Pretos, na courela de Patalim e nas herdades do Batipé, da Flamenga, do Melo, dos Minutos, dos Nabos, de Sancha Cabeça, da Sousa, de Vale de João Pais e do Vidigal. A pertença a remotos proprietários durante o domínio islâmico, as herdades de Almansor (de que resultou a ribeira do mesmo nome) e de Benalfange. Alguns topónimos nasceram provavelmente da alcunha dos respetivos donos, como as fazendas do Gafanhão e de Passa Figo.
Instituições laicas marcaram a sua presença nas herdades da Adua, dos Hospitais e da Misericórdia. A existência de equipamentos públicos na horta da Forca.
A pertença a instituições eclesiásticas, resultado quase sempre de doações feitas por particulares, é patente nas herdades do Cabido, da Capela, da Comenda, do Barrocal das Freiras, do Monte dos Frades e da Terra das Freiras, A propriedade, direta ou eminente, a confrarias revela-se, por exemplo, na horta das Almas.
A permanência dos topónimos aqui enumerados em fontes de arquivo, ao longo dos últimos séculos, leva a concluir que a grande maioria dos nomes de lugares ainda atualmente em uso é de origem medieval ou quinhentista. Poucos surgiram daí para cá. A persistência da toponímia tradicional é, por isso, muito grande, enraizada que ficou na memória dos habitantes e constituindo, nessa medida, parte significativa do património imaterial do território concelhio e de todos quantos nele residem.

 

(Pormenor do fresco da igreja de Nª. Sª. da Represa)

 

 

TOPÓNIMOS RURAIS DE MONTEMOR-O-NOVO

 

A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z

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A

ADUA (Herdade da)

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As aduas eram pastos comunitários para sustento do gado de muitas localidades. A Adua de Montemor-o-Novo tem origem medieval, sendo mencionada em 1483[1]. No século XVI dizia-se que tinha sido tomada (aforada) pela câmara «desde que as memórias dos homens se alembravam», para que os bois dos carreteiros, singeleiros e outras pessoas sem terra ali pudessem pastar gratuitamente, evitando que o fizessem nas propriedades que cercavam a vila (olivais, vinhas, pomares e outras pequenas unidades agrícolas)[2]. Era guardada por um adueiro e tinha regulamento próprio.

No século XVIII a terra passou a ser dividida em courelas, atribuídas aos indivíduos que serviam os cargos do município: vereadores, procuradores do concelho, almotacés e outros. A justificação foi o decréscimo do número de singeleiros. Estando assim desvirtuado o sentido para que a Adua existia, em 1779 a coroa tomou posse dela, para criação de gado cavalar da Coudelaria Real de Alter do Chão. Depois de muitos anos a reivindicar a sua devolução, ao longo do século XIX, a câmara só viria a recuperar a herdade com a implantação da República, a 28.1.1911.

 

 

 

ALCALVA (Herdade e ribeira de)

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Topónimo com origem árabe formado de al-qarba, «a vizinhança»[3]. O Primeiro Livro das Lembranças do Arquivo Capitular da Sé de Évora, inclui uma nota de 1573 informando que «Lopo Vaz, lavrador da Alcalva de Duarte de Brito, em termo de Montemor, pede a herdade da Amoreira», certamente com o objetivo de a trazer de renda[4].

 

 

 

ALMANSOR (Rio ou Ribeira de)

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Este nome tem origem na Herdade de Almansor (Graça do Divor, Évora), onde nasce o curso de água que hoje tem esta designação e que atravessa parte do concelho de Montemor-o-Novo. Até à segunda metade do século XIX foi sempre conhecido por ribeira de Canha e assim aparece em todos os documentos desde a Idade Média.

O termo Almansor tem origem árabe, de al-mansûr, «o vitorioso», epíteto atribuído a vários chefes árabes. Alguém com este nome pode ter sido, durante o domínio muçulmano, dono do lugar onde hoje existe esta herdade[5].

 

 

 

ALMAS (Pomar das)

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O nome desta propriedade, localizada no Ferro da Agulha, da antiga freguesia de São Gens, provém da Irmandade das Almas, erigida na igreja do Calvário, de que o pomar era foreiro. Em 1783 era dono do mesmo Brás Gomes[6].

 

 

 

AMOREIRA DA TORRE (Herdade e quinta da)

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O termo Amoreira, certamente com origem numa árvore aí existente, aplica-se desde a Idade Média a uma área mais abrangente que a desta atual herdade. A Torre foi construída nos finais do século XV ou começos do século XVI por um dos primeiros Mascarenhas, alcaides-mores de Montemor-o-Novo. D. Fernão Martins Mascarenhas, que recebeu a alcaidaria em 1483, a seguir à destituição do marquês de Montemor D. João, faleceu em 1501. Foi o comprador desta propriedade, que tinha pertencido a Álvaro Gomes, juiz pelo rei na Covilhã. D. Manuel I coutou-lhe a herdade em 1496[7]. O seu filho D. João Mascarenhas foi alcaide até 1555, ano da sua morte e sepultamento na igreja do convento de São Francisco. Teve uma presença efetiva em Montemor e, entre 1518 e 1526, adquiriu várias propriedades no termo e cercanias da vila[8]. Pode ter sido ele, ou o pai, quem construiu a torre senhorial. A alcaidaria-mor continuaria nos descendentes destes dois Mascarenhas até ao século XVIII. Em 1783, já depois da destituição e morte do duque de Aveiro, D. José Mascarenhas, a quinta pertencia ao marquês de Lavradio, seu familiar[9].

Dentro da quinta foi construída uma fonte manuelina, conhecida por Fonte da Rainha.

De acordo com o lançamento da Décima de 1783, era senhoria da herdade da Amoreira Grande, a marquesa de Alvito, e da Amoreira da Torre, assim como da Amoreirinha, o marquês de Lavradio[10].

 

 

 

ANTA (Herdade da)

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Esta propriedade da antiga freguesia de São Brissos (Escoural), deve a designação à existência de uma anta no local. A Décima de 1783 refere-se à herdade da Anta como pertencente a Feliciano José, de Elvas[11].

 

 

 

ARNEIROS (Herdades dos)

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Arneiros são lugares arenosos e estéreis. Daí, provavelmente, a razão deste topónimo. Em 1600 o conde de Santa Cruz, governador do reino, arrendou a herdade do Arneiro de Foge Lança, do termo de Lavre, a Fernão Luís, Ravasco de alcunha, por 5 anos[12]. Em 1698 a condessa de Santa Cruz D. Teresa de Moscoso, viúva do donatário de Lavre D. João Mascarenhas, arrendou as suas herdades dos Arneiros de Cima e Arneiros de Baixo, ao lavrador Manuel Gomes e à sua mãe Margarida André, pelo tempo de 5 anos[13].

 

 

 

B

BARROCAL DAS FREIRAS (Herdade do)

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Barrocal é um sítio de onde se pode extrair barro ou que tem barrocas ou barrancos, escavações naturais. Esta herdade do antigo termo de Lavre pertenceu a D. Mécia de Moura, fundadora do Mosteiro de Nª. Sª. da Saudação, que a tinha comprado em 1492 ao cónego da Sé de Lisboa Bartolomeu de Moura, seu irmão. Fez parte do conjunto de propriedades que a mesma legou à comunidade de freiras dominicanas, em 1506[14]. O tombo setecentista do mosteiro refere-se-lhe como Barrocal Grande das Freiras[15].

 

 

 

BATIPÉ (Herdade de)

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Nome de origem antroponímica, atualmente alterado para Batepé. Em 1409, no termo de Montemor-o-Novo, «no monte de André Martins, dito Batipé», este fez acordo com Inês Vicente, sua mulher, sobre as condições da separação de ambos[16]. O tombo das propriedades do Hospital do Espírito Santo e de Santo André, de 1531, inclui metade da herdade de Batipé entre as propriedades da instituição de assistência[17]. O lançamento da Décima de 1783 inclui duas herdades com este nome, Batipé dos Varelas, cujo senhorio era João de Mesquita, e Batipé do Outeiro, de que o Hospital da vila era maior proprietário[18].

 

 

 

BENAFESSIM (Herdade e ribeiro de)

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Em 1242 D. Pedro Martins e D. Sancha Martins doaram à Ordem do Templo a herdade do Castelo de Benabici, em Montemor-o-Novo[19]. O «caminho de Benabicym» é referido em 1460 no contrato de emprazamento de uma lezíria, cujo terreno confrontava com essa via pública[20]. Em 1482 foi estabelecido um contrato de escambo de um canal «no ribeiro de Benavessy», pertencente a João Freire, escudeiro do marquês de Montemor, por um canal na Ponte de Évora, de Mestre Filipe, escudeiro da casa do rei[21]. O tombo de 1531 do Hospital do Espírito Santo e de Santo André menciona entre os bens da instituição «um pomar de regadio e sequeiro, com suas casas e chãos e oliveiras»[22]. Em 1783 era maior senhorio da herdade de Bana Fecim D. José de Lencastre[23].

 

 

 

BENALFANGE (Herdade de)

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Este topónimo tem origem árabe e deriva do apelido ben al-fajr, «filho da aurora»[24]. A propriedade pertenceu, provavelmente, sob o domínio islâmico, a alguém assim chamado. Em 1377 Paio Anes Barroso e Eirea Martins, sua mulher, deram em escambo a Vicente Anes e Catarina Anes a parte que lhes pertencia numa herdade chamada Benalfange[25]. Metade desta propriedade fez parte da capela instituída, em 1416, por Gonçalo Eanes Carvalho, escudeiro[26]. Em 1783 a herdade tinha como senhorio Sebastião de Brito de Carvalho[27].

 

 

 

 

C

CABEÇA DE MOURO (Herdade de)

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Nome que pode ter origem na existência de uma anta no local por, de acordo com sugestão de Catarina Oliveira, a mesma evocar povos e construções antigas aos habitantes. A anta tem «cinco esteios in situ e outros tombados» e «corredor com cerca de três metros de comprimento, conservando dois esteios de cada lado»[28]. O Mosteiro da Saudação tinha vários quinhões nesta herdade, provenientes do dote de Soror Leonor da Nascença, em 1608[29].

Em 1783 a herdade de Cabeça de Mouro tinha como senhorio António Flamínio de Vilalobos[30].

 

 

 

CABIDO (Monte do)

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O Livro dos Herdamentos do Cabido de Évora, de 1321, afirmava: «Em Montemaior há o Cabido um herdamento na Moreira e começa-se na ribeira de Canha e vai o longo dele ao caminho que vai de Monte Maior para Arraiolos»[31]. A herdade do Cabido vem mencionada no tombo do Hospital do Espírito Santo e de Santo André, de 1531, nas confrontações de uma propriedade do Hospital[32]. Em 1783 pertencia, tal como antes, ao Cabido da Sé de Évora[33].

 

 

 

CAMPO MAIOR (Herdade de)

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Esta propriedade do antigo termo de Cabrela é mencionada em 1485, quando Martim Gomes Agraço legou a terça parte da herdade de Campo Maior à Igreja de Santa Maria da Vila, de Montemor-o-Novo, na condição de aí ser sepultado[34]. A Décima de Cabrela de 1805 mostra que as herdades de Campo Maior de Cima e de Campo Maior do Meio pertenciam ao marquês de Pombal e a herdade de Campo Maior de Baixo era da Casa de Palma[35].

 

 

 

CAPELA (Herdade da)

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Esta propriedade da freguesia do Escoural era foreira à Capela de São Bartolomeu, instituída na igreja matriz de Nª. Sª. do Bispo, em 1419, por Gomes Eanes Carvalho, o qual nomeou a Câmara como administradora[36]. Em 1603 esta arrendou a herdade ao lavrador Manuel Mansino, por 5 anos[37]. Em 1783 a herdade tinha como senhorio útil o padre Elias José Coelho[38].

 

 

 

CAPELA (Herdade da)

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Esta herdade da antiga freguesia de São Mateus fazia parte da capela instituída na igreja de São João, em 1494, por Fernão de Lamego, «escolar em Degredos», de que a Câmara ficou como administradora[39]. Em 1608 esta arrendou a herdade da Capela a Diogo Pires, por 5 anos[40].

 

 

 

CARAVELA (Herdades e ribeira da)

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Existem várias herdades com este nome, próximas entre si. Catarina Gonçalves Nogueira, mulher do lavrador Gomes Eanes Perro, deixou aos Hospitais do Espírito Santo e de Santo André metade das herdades que com seu marido tinha «em Caravela, termo desta vila», passando as propriedades a incorporar o património dessa instituição, como consta do tombo de 1531[41]. Em 1783 eram senhorias da herdade da Caravela da Horta, as freiras do Convento do Salvador de Lisboa, da herdade da Caravela do Teles, Rosa Maria de Sousa, da herdade da Caravelinha de Baixo, António Flamínio de Vilalobos, da herdade da Caravelinha das Romeiras, o Convento de Santa Clara de Évora e a Caravelinha do Campo tinha como senhorio útil Sebastião José Farinha de Sá, sendo foreira ao Convento de Santa Mónica de Évora[42].

 

 

 

CARVALHAL DA TORRE (Herdade e quinta do)

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Nesta propriedade da freguesia do Escoural foi construída, «na primeira vintena do século XVI»[43], a torre residencial que lhe deu o nome, edificação rural que foi ampliada e remodelada, em 1569, por Nicolau de Castro da Cunha, fidalgo da casa do rei. Este encarregou o pedreiro Diogo Velho, de Portel, de lhe fazer na sua «quinta e torre do Carvalhal», uma construção geminada com a torre já existente, composta de piso térreo e dois andares por cima, e eirado a rematar. A serventia dos vários pisos far-se-ia por uma escada exterior em caracol, coberta, que desse acesso a cada um dos pisos, munida das frestas necessárias para lhe dar claridade[44].

Em 1783 era senhorio da herdade do Carvalhal da Torre José Joaquim de Vilalobos. Havia mais duas herdades do Carvalhal, contíguas a essa, a do Carvalhal dos Arezes, pertencente a D. José de Lencastre e a outra, a do Carvalhal dos Miras, cujo maior senhorio era Constantino de Mira[45].

 

 

 

CASA BRANCA (Herdade de)

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Em 1573 o fidalgo Luís Martins de Sousa Chichorro vendeu parte do rendimento da herdade da Casa Branca a D. Francisco Mascarenhas. A mesma confrontava com as herdades de D. Francisco de Castro, do Vidigal e do Zambujal[46]. O lançamento da Décima de 1783 inclui a herdade de Casa Branca, na freguesia de S. Gens, de que o conde de Óbidos era o maior senhorio e Manuel Caetano Pratas era lavrador[47].

 

 

 

CASTELO (Herdade do)

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Esta herdade da freguesia de Santiago do Escoural deve o seu nome ao facto de ter pertencido ao Reguengo do Castelo, património régio que a coroa disponibilizou aos alcaides-mores do castelo de Montemor-o-Novo, como remuneração do serviço que desempenhavam. O registo do lançamento do imposto da Décima de 1699 descreve como estando integradas no património do alcaide-mor, que era o conde de Santa Cruz D. Martinho Mascarenhas, as herdades do Reguengo, Reguenguinho e Barrada, em São Mateus, e a do Castelo, no Escoural[48].

 

 

 

CAVALEIROS (Fonte e quinta dos)

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A Fonte dos Cavaleiros, construída junto ao caminho que ligava a vila ao litoral, tomou, por certo, o nome dos inúmeros cavaleiros que junto dela se apeavam, para que as suas montadas bebessem e repousassem. É, provavelmente, de origem medieval. A quinta existente junto dela acabou por ser conhecida pelo mesmo nome. Em 1783 pertencia a Simão Aniceto Laboreiro e era foreira à Mesa Pontifical de Évora[49].

 

 

 

CERRA PORTAS (Herdade e ribeiro de)

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Este nome tem, provavelmente, origem antroponímica, num proprietário da herdade. Em 1442 Gomes Eanes Cerra Portas foi testemunha de um testamento e em 1446 João Gonçalves Cerra Portas era mordomo do Hospital do Espírito Santo e de Santo André[50]. Em 1783 a herdade de Cerra Portas tinha como maior senhorio Teodósio Henrique Pato da Cunha.

 

 

 

CHAPELAR (Herdade de)

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A «mata de Chapelar» é indicada como um dos limites, a norte, do município de Montemor na respetiva «Carta de termos», outorgada por D. Sancho II, e confirmada por D. Afonso III em 1257[51]. Fez depois parte do termo de Lavre quando este município foi criado pelo rei D. Dinis, em 1304, por desanexação do de Montemor-o-Novo. A demarcação do novo território incluía a ribeira de Chapelar como um dos seus limites[52]. Em 1507 a herdade de Chapelar, que estava no termo (limite) de «Lavra e Coruche», foi mencionada numa sentença sobre um compromisso de missas[53].

Em 1748 Catarina da Conceição, dona da herdade do Chapelar, arrendou a mesma a José Luís, pelo tempo de 6 anos[54]. Em 1770, a mesma arrendou a herdade do Chapelar da Ribeira a Francisco Luís Coelho, pelo período de 3 anos[55]. A Décima de Lavre de 1785 incluiu as herdades de Chapelar da Serra e de Chapelar do Moinho[56].

 

 

 

CHORA CASCAS (Monte do)

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Propriedade agrícola e de turismo rural cuja designação tem, provavelmente, origem numa alcunha. Em 1359 é mencionado Afonso Esteves «Chora Cascas» como dono de um terreno que confrontava com uma vinha emprazada em três vidas a Lourenço Pires e sua mulher[57].

 

 

 

CIBORRO (Povoação de)

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O Ciborro era um dos montes da herdade do Paço de Aragão, da freguesia de São Geraldo[58]. Em 1473 a herdade do «Paço do Arangoês» aparece referida nas confrontações de outra herdade[59]. Em 1783 a «herdade do Paço» tinha como maiores senhorios os cónegos de São João Evangelista, de Évora (Loios), e como senhorios minoritários o Mosteiro da Saudação, de Montemor, e o Mosteiro do Paraíso, de Évora[60]. Em 1841, depois da extinção das ordens religiosas, quando da venda dos bens nacionais a propriedade foi adquirida pela marquesa do Louriçal, que, por sua vez, a vendeu, em 1870, ao negociante António Lopes Ferreira dos Anjos, que comprou também outras herdades das cercanias. O seu genro Luís Leite Pereira Jardim, 1º. Conde de Valenças, aforou, a partir de 1897, pequenos lotes de terreno no sítio do Ciborro, com o fim de atrair pessoas para o local, dentro de uma política seguida na época por grandes proprietários da região. Essa prática teve por objetivo fixar, junto das respetivas terras, mão-de–obra disponível para os trabalhos agrícolas. Desses aforamentos nasceu, até cerca de 1910, a aldeia do Ciborro, ocupada por famílias maioritariamente provenientes das freguesias e concelhos vizinhos, mas também, em menor número, do centro e do norte do país[61].

 

 

 

COMENDA (Herdades da)

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As herdades com esta designação pertenceram à Comenda da Represa, da ordem militar de Santiago. Esta ordem foi fundada em Cáceres por Fernando II de Leão e Castela, em 1170 e estabelecida em Portugal em 1172[62]. A ordem portuguesa separou-se da castelhana em 1288. Inicialmente teve a sua sede em Alcácer, tendo esta sido depois transferida para Mértola e daí para Palmela.

As comendas eram doações de benefícios religiosos, inclusivamente das ordens militares, com os bens que lhes pertenciam. Os beneficiários administravam e usufruíam desses bens e respetivos rendimentos. Jorge Furtado de Mendonça, tio de D. Jorge, filho de D. João II, administrava a comenda da Represa em 1520 e os seus descendentes foram comendadores ao longo do século XVI. Em 1620 a comenda pertencia a D. João Lobo, barão de Alvito[63] ficando, daí em diante, na posse dos seus descendentes[64]. A nomeação dos capelães da igreja de Nª. Sª. da Purificação, cabeça da comenda, pertencia também à ordem.

Em 1783 era senhoria das herdades da Comenda Grande, Comenda da Igreja e Comendinha a marquesa de Alvito[65].

 

 

 

CORTA RABOS (Herdade de)

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A Francisco Lopes, escudeiro e recebedor das sisas de Montemor-o-Novo, concedeu D. Manuel I, em 1501, a mata de Corta Rabos, no termo da vila, para a «arrotear e aproveitar em terras de pão», com isenção de foro durante a sua vida. Os seus herdeiros, no entanto, ficaram obrigados ao foro anual de dois quarteiros de trigo[66]. Como o foreiro faleceu sem filhos e o seu irmão, licenciado Pero Lopes, lhe tinha comprado a mata antes de morrer, em 1515 o monarca renovou o aforamento da propriedade na sua pessoa, com a obrigação referida[67].

De acordo com o lançamento da Décima de 1783, eram senhorios da herdade de Corta Rabos os herdeiros de D. Catarina do Pilar[68].

 

 

 

CORTIÇADAS DE LAVRE (Povoação de)

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O nome desta povoação, que fez parte do antigo concelho de Lavre, está relacionado com as construções nele existentes há séculos, forradas ou feitas de cortiça[69]. Em 1785 o lugar de Cortiçadas compreendia 13 fazendas, 9 vinhas e as casas de Manuel Gonçalves Gavião[70].

 

 

 

CUNCOS (Herdades de)

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Esta propriedade, ou parte dela, pertenceu a Afonso Domingues, do conselho do rei D. Fernando, que em 1380 lhe deu carta de coutada para as suas herdades de Cuncos e da Silveira, proibindo que alguém nelas apascentasse gado, cortasse madeira ou colhesse lande ou bolota. Este privilégio foi confirmado, em 1463, por D. Afonso V, a Fernão Lobo, fidalgo da casa do infante D. Fernando[71]. Parte desta herdade viria a pertencer a Rui Mendes Gago e Beatriz Fernandes, sua mulher, que em 1513 a legaram à Misericórdia, passando a integrar o património desta[72]. Em 1576 a Misericórdia arrendou a herdade de Cuncos a Diogo Dias Varregoso, por 5 anos[73]. A Câmara arrendou, em 1608, a herdade de Cuncos do Concelho ao lavrador Manuel Nabo, pelo prazo de 5 anos[74]

Em 1783 havia quatro herdades com este nome, Cuncos de Cima, cujo senhorio era Cristóvão de Sousa da Silva e Alte, Cuncos do Meio, de Valentim Lobo da Silveira, Cuncos de Baixo, pertencente à Misericórdia e Cuncos do Concelho, propriedade do Senado da Câmara[75]. A Câmara era também senhoria das herdades da Ameira, Canafreixeira e Vale de Boi[76], estas últimas atualmente do concelho de Vendas Novas.

 

 

 

CURRAL DA LÉGOA (Herdade do)

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O nome desta herdade da antiga freguesia de Santa Sofia deve-se, por certo, à distância a que a mesma estava da vila de Montemor-o-Novo, sede do concelho a que pertencia. Em 1783 era maior senhorio da herdade o marquês de Lavradio[77].

 

 

 

D

DESERTO (Herdade do)

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Esta propriedade do antigo termo de Lavre é mencionada no tombo de 1531 do Hospital do Espírito Santo e de Santo André, nas confrontações da herdade de Vale de Figueira[78]. Em 1698 a condessa de Santa Cruz D. Teresa de Moscoso arrendou esta herdade aos lavradores Agostinho Gião e Pascoal Gião, pelo período de 3 anos[79]. Em 1747 foi o conde de Santa Cruz e marquês de Gouveia D. José Mascarenhas a arrendar a mesma, por 3 anos, a Amaro Luís[80].

 

 

 

E

ESCALDADA (Herdade da)

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Esta herdade do antigo termo de Cabrela tinha como senhorio, em 1805, o 2º. Marquês de Pombal, Henrique José de Carvalho e Melo. O mesmo se passava com outras deste antigo concelho: Ajuda, Atalaia, Campo Maior de Cima, Campo Maior do Meio, Coelheiro, Vale de Figueira, Vale de Vasco e Zambujeira[81].

 

 

 

ESCOURAL (Vila e herdade do)

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Nome derivado de escorial ou escoiral, lugar onde foram lançadas escórias de metais. Está ligado à exploração de ferro, aí efetuada já na época romana[82]. Dele tomou o nome a atual vila, assim como a herdade do Escoural. Esta, em 1419, passou a fazer parte da capela instituída por Gomes Eanes na igreja de Santa Maria do Bispo[83]. Luís Henriques de Bustamante e Pero de Roma, ambos cavaleiros fidalgos, arrendaram, em 1607, a herdade de Santiago do Escoural, por 5 anos, a André Dias e Jerónimo Machado[84] Em 1783 tinha como senhorio José Rodrigues e era foreira aos religiosos de São Domingos de Azeitão[85].

 

 

 

ESPADANEIRA (Herdade da)

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Este topónimo deve-se provavelmente à abundância de espadanas dentro dos seus limites. Em 1269 o casal Vicente Peres e Domingas Soares doou esta herdade a D. João de Aboim, mordomo-mor de D. Afonso III: «uno nostro heredamento quod nos habemus in termino Montis Maioris Noui, in loco qui uocatur  Espadaneira et Fons de Caruallo»[86]. Em 1486 os Hospitais do Espírito Santo e de Santo André compraram «umas herdades (…) em logo (lugar) que se chama a Espadaneira e se chama uma delas a da Manteigueira», a Gonçalo Lourenço Veco e seus filhos Lourenço Eanes e João Gonçalves, lavradores e proprietários dessas herdades[87].

A Décima de 1783 inclui a herdade da Espadaneira, da freguesia de Santo Aleixo, de que era senhorio o capitão António de Mira Vidigal[88].

 

 

 

F

FAZENDAS DO CORTIÇO (Povoação)

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Aglomerado que se formou em terrenos da herdade da Fonte do Cortiço, na antiga freguesia de São Geraldo, da qual tomou o nome. Em 1535 o Mosteiro da Saudação recebeu parte do rendimento desta herdade através da herança de Soror Filipa de São Tomás e, em 1620, outros quinhões do dote de Soror Joana da Purificação[89].

Esta herdade vem assinalada no lançamento da Décima de 1783, sendo seu maior senhorio Sebastião de Brito de Carvalho e quinhoeiros o Convento da Saudação, o Convento de São Domingos, os herdeiros de Mateus Quaresma de Matos e a Misericórdia[90].

 

 

 

FERRO DA AGULHA (Quinta e localidade do)

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Em 1473 um casal era dono de uma vinha no Carregal, que confrontava com o caminho público que ia para «o moinho de Ferro da Agulha»[91]. O lançamento da Décima de 1783 inclui o moinho do Ferro da Agulha, com a sua courela, de que era senhorio Romão Luís[92].

 

 

 

FLAMENGA (Herdade da)

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Esta herdade do antigo termo de Cabrela em 1805 era foreira ao Convento de Palmela. O topónimo deve ter tido origem numa proprietária de nação flamenga. Eram também da propriedade ou foreiras do mesmo convento outras três herdades deste antigo concelho: Paço de Cima, Vale da Lama e Vale do Seixo[93].

 

FONTE DEL REI (LUGAR E FAZENDA DA)

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Este nome é mencionado em 1440, quando uma vinha, com pomar de regadio e um chão «à Fonte del Rei», no termo de Montemor-o-Novo, foi arrematada pela fazenda real a João Afonso, escrivão dos órfãos na vila. A mesma tinha revertido para a coroa por dívidas dos seus anteriores proprietários ao almoxarifado de Évora, por não terem pago o que deviam das sisas de que eram rendeiros[258]. Em 1504 foi vendida uma vinha situada no lugar da Fonte del Rei, foreira à igreja de Santa Maria da Vila[259]. Em 1523, uma vinha aí localizada, que confrontava com outras quatro vinhas, foi dada como dote de casamento[260].

Apesar do topónimo, o local não pertenceu aparentemente ao rei, pois não aparece incluído nos bens do reguengo da Alcaidaria-Mor do Castelo da vila, nem no reguengo do Azinhal. Porém, uma quinta com essa designação fez parte, a título particular, do morgado dos condes de Santa Cruz, marqueses de Gouveia e duques de Aveiro, alcaides-mores de Montemor, talvez por compra, realizada em época indeterminada. Quando se deu o sequestro do património de D. José Mascarenhas, 8º. e último duque de Aveiro e também último alcaide-mor da vila, em 1759, por participação no atentado contra o rei D. José, a «quinta chamada a Fonte del Rei» integrava os respetivos bens[261].

Em 1780 esta fazenda, constituída por vinha, olival, árvores de fruto, terra de semeadura, moradia e lagar de vinho, foi comprada por António Patrício Varela, que foi procurador do concelho, e pela mulher, ambos pais de Joaquim José Varela, académico e autor da Memória estatística acerca da notável vila de Montemor-o-Novo[262].

Na quinta ergue-se uma fonte cuja construção remonta ao século XVI, com intervenções artísticas, de várias épocas, alusivas a um episódio lendário aí ocorrido, segundo o qual o rei D. Dinis, numa das suas passagens pela vila, teria ido aí beber. As mesmas foram descritas por Túlio Espanca: «ostenta, na cimafronte, um medalhão cerâmico com a efígie do rei D. Dinis, sobrepujado pelo sinal do Redentor, de mármore branco. O interior é suportado por abóbada (…) e dividido em três arcadas (…), tendo, no eixo (…) um anjo e grande painel de seis mosaicos pintados com o escudo de Aragão e a figura de meio corpo da rainha Santa Isabel, na conhecida interpretação do Milagre das Rosas»[263].

 

 

FORCA (Horta da)

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Este topónimo dos arredores de Montemor-o-Novo tem origem na existência, ao longo de séculos, da forca em que eram supliciados os condenados à pena de morte. Essa instalação era sempre colocada fora das povoações, mas perto delas, para que fosse fácil a deslocação dos agentes da autoridade e de quem quisesse assistir a esses atos. Era escolhida uma exposição aos ventos dominantes que evitasse que os odores resultantes da decomposição dos cadáveres atingissem o centro urbano[94]. Em 1377 a igreja de Santa Maria do Bispo emprazou a um ferrador e a mais duas pessoas um ferragial que lhe pertencia «sob a forca, junto com ela»[95] Em 1783 era proprietário do Ferragial da Horta da Forca Manuel Caetano Pratas[96].

 

 

 

FOROS DE VALE DE FIGUEIRA (Povoação de)

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O tombo de 1531 do Hospital do Espírito Santo e de Santo André menciona a herdade de Vale da Figueira e a «água» (ribeiro) do mesmo nome entre as confrontações de uma herdade pertencente a essa instituição[97]. A Décima de Lavre de 1785 inclui as herdades de Vale de Figueira de Cima, foreira ao Hospital de Montemor e a de Vale de Figueira de Baixo, de um senhorio eclesiástico não mencionado[98].

Este povoado desenvolveu-se no século XX na herdade de Vale de Figueira, do antigo termo de Lavre. A partir da década de 30, durante a Campanha do Trigo, alguns seareiros adquiriram aí terrenos de 4 a 6 hectares, que foram depois divididos pelos descendentes, os quais neles continuaram a viver. Na década de 60, o êxodo rural para os grandes centros industriais e para o estrangeiro provocou o abandono de montes das vizinhanças, cujos habitantes se fixaram, então, na aldeia, com o objetivo de fugirem ao isolamento, aumentando a sua população[98b].

 

 

 

FREIXO (Herdades do)

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Entre 1518 e 1525 o capitão-mor dos Ginetes do Reino e alcaide-mor de Montemor-o-Novo D. João Mascarenhas comprou quatro quinhões (partes) da herdade do Freixo a vários casais. Como este conjunto de propriedades confrontava com terras do Hospital do Espírito Santo e de Santo André, em 1529 D. João entregou-o ao Hospital, recebendo em troca três foros em pequenas unidades agrícolas dos arredores da vila[99]. Em 1783 a herdade do Freixo de Cima tinha como senhorio Domingos José Moniz, a do Freixo do Meio pertencia ao Convento da Cartuxa, de Évora, e da do Freixo de Baixo era dona Inácia Maria Barbosa[100].

 

 

 

G

GAFANHÃO (Sítio e ribeiro do)

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Este local dos arredores de Montemor-o-Novo foi já mencionado em 1357, no aforamento de uma vinha aí situada[101], assim como em 1418, no emprazamento de outra vinha[102]. Em 1403, no aforamento de uma propriedade na Bucha, surge o «ribeiro do Gafanhão» como limite da mesma[103], hidrónimo certamente originado no nome do local por onde passava. Gafanhão significa um gafanhoto grande e, por isso, o topónimo devia referir-se à alcunha de algum morador. Em 1783 havia sete olivais no sítio do Gafanhão e nenhuma vinha[104].

GIBLACEIRA (Herdade de)

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Segundo o investigador Henrique da Silva Louro, a herdade de Javalacira, na freguesia de São Mateus, foi doada ao bispo de Évora D. Durando I em 1275, sendo rendeiro da mesma o clérigo Domingos Anes. A doação, que consta de um códice do Arquivo do Cabido desta diocese, foi feita por D. Domingas, a Mestra, viúva de Martim Garcia, e pelos respetivos filhos. Henrique Louro defendeu que o nome Javalacira «parece querer dizer floresta de javalis»[105]. O tombo de 1531 das propriedades do Hospital do Espírito Santo e de Santo André incluiu entre os respetivos bens a herdade de Javalacira, que lhe tinha sido legada, em 1465, por Brás Afonso, escudeiro[106]. Outra herdade, chamada de Javalacira ou da Fonte do Calvo, fez parte da capela instituída, em 1494, por Fernão de Lamego, «escolar em Degredos», na igreja de São João[107]. Em 1783 era senhoria da herdade da Giblaceira de Cima a marquesa de Alvito[108] e da de Gibilacira o Hospital da vila[109].

 

 

 

GUADELIM (Herdade de)

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Pode ter origem no nome de um ribeiro, devido ao prefixo Guad, com origem no arábico Wadi, rio, a exemplo de Guadiana, Guadalupe e outros nomes de cursos de água. Mas foi também apelido familiar, talvez com origem nesse hidrónimo. Em 1368 fez testamento Gonçalo Goudilim, morador em Montemor-o-Novo[110]. Em 1498 Luís d’Antas, fidalgo da casa del Rei, vendeu uma courela junto à ribeira de Canha, que confrontava com a herdade de Goudelis[111]. No lançamento da Décima de 1783 vem indicado o Senado da Câmara como senhorio administrador da herdade de Goudelim[112].

 

 

 

H

HOSPITAIS (Herdade dos)

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Esta herdade, assim como outras que lhe ficavam próximas, pertenceu no século XVI ao Hospital do Espírito Santo de Montemor-o-Novo, pois vem descrita no respetivo tombo, feito em 1531 por ordem de D. João III, hoje no arquivo da Misericórdia. Poderá tratar-se da herdade «na Amoreira» que os administradores dos hospitais compraram, em 1465, a Mendo Afonso, morador em Viana[113].

A designação dos Hospitais, no plural, teve origem na junção, realizada neste último século, do Hospital do Espírito Santo e da Albergaria de Santo André, até então duas instituições de assistência autónomas, localizadas ambas na vila de Montemor, em locais muito próximos. Essa fusão inseriu-se numa tendência, verificada por todo o país, de junção de pequenos hospitais, para formarem entidades maiores e mais eficientes.

Durante a segunda metade do século XV e os primeiros anos do século XVI, embora a administração das duas instituições e o respetivo património fossem comuns, manteve-se a designação Hospitais, talvez porque se mantinham em funcionamento as instalações das duas. Mas, daí em diante, passou a ser referido um único hospital, o qual, ao longo dos séculos seguintes, seria conhecido ora por Hospital do Espírito Santo (séculos XVI-XVII) ora por Hospital de Santo André (Séculos XIX-XX). A atual designação Herdade dos Hospitais é uma sobrevivência da época (séc. XV-XVI) em que os dois hospitais ainda existiam, embora já com uma gestão e património únicos[114].

 

 

 

J

JOÃO PAIS (Herdade de)

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Na herdade de Vale de João Pais, da freguesia de São Mateus, Mem Freire, um dos maiores beneméritos da Misericórdia, legou um quinhão a esta instituição de assistência[115]. Mas já no século XIV o topónimo era mencionado. Em 1358 Giral Lourenço e a mulher, Catelina Anes, tinham aí uma vinha[116]. O fidalgo de Évora Fernão Gonçalves Cogominho arrendou, em 1605, esta sua herdade a Diogo Luís, lavrador, pelo tempo de 5 anos[117]. Em 1783 a herdade de Vale de João Pais tinha por senhorio Luís Diogo Lobo da Silva[118]. O nome deve-se, sem dúvida, a um proprietário da mesma.

 

 

 

L

LOBEIRA (Herdade da)

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Este nome pode ter origem na existência de lobos no seu território, mas também no nome de um antigo proprietário. A «Carta de Termo de Montemor-o-Novo», outorgada à vila por D. Sancho II e confirmada por D. Afonso III, em 1257[119], menciona como um dos limites do concelho, perto da mata de Chapelar, o lugar chamado de «M. Lupis» (de Martim [?] Lobo). A herdade pertenceu ao antigo termo de Lavre. O Vale da Lobeira é mencionado em 1473, como limite de várias herdades[120]. Em 1747 o marquês de Gouveia arrendou a sua herdade da Lobeira de Baixo a Domingos de Almeida e ao seu filho Manuel de Almeida, por 3 anos[121].

 

 

 

M

MARCO DEL REI (Herdade do)

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Pertenceu ao reguengo do Azinhal, mencionado no Foral de 1503, quando era seu donatário D. João de Sousa, guarda-mor. Tinha sido doado ao pai deste, Rui de Sousa, por D. Afonso V[122]. D. João de Sousa morava na vila de Montemor. Faziam parte do reguengo, além de outras, as herdades do Azinhal del Rei, Freixo, Nabos, Parreira, Ribeiro do Gato e Tojal, na freguesia de São Cristóvão, e do Marco del Rei, em São Mateus.

Quando D. João morreu, a sua mulher D. Margarida de Vasconcelos recebeu o reguengo, por concessão que lhe tinha feito D. Manuel I em 1500[123]. Como o casal não teve descendência, a propriedade do reguengo foi transmitida através da irmã de D. João, D. Maria de Vilhena, que casou com D. Fernando de Castro. Em 1699 era seu donatário D. Francisco de Paula de Portugal e Castro, 8º. conde de Vimioso e 2º. marquês de Valença[124]. Em 1783 era o 4º. marquês de Valença o dono da herdade[125].

 

 

 

MATA LADRÕES (Herdade de)

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Este nome, de uma herdade da antiga freguesia de Safira, parece ter origem num episódio violento ocorrido no local. Em 1573 eram senhorias da herdade as filhas órfãs de António Freire e de Inês Barreto, Brites e Margarida Freire. O seu tutor, Gomes Freire Barreto, cavaleiro fidalgo, arrendou-a por cinco anos ao lavrador Diogo Esteves[126]. A Décima de 1783 indica que era sua senhoria a Misericórdia[127].

 

 

 

MINUTOS (Barragem, Herdade e Moinho dos)

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Este topónimo tem origem no apelido familiar Menouto. Iria Anes, viúva de João Menouto, fez testamento, em Montemor-o-Novo, a 30.3.1421[128]. Em 1516, Nuno Martins Menouto, raçoeiro da igreja de Nª. Sª. dos Açougues, participou no emprazamento de um pomar, vinha e olival, da mesma igreja. Foi testemunha João Menouto[129]. O inventário de D. Maria de Vasconcelos, alcaidessa de Arraiolos, feito em 1572, mencionou entre os respetivos bens o moinho do «Minouto», na ribeira de Canha, nos arredores de Montemor[130]. O lançamento da décima de 1783 refere a herdade «do Menuto», pertencente à Misericórdia de Évora, e a quinta «do Minuto», do padre Manuel Vicente Borralho[131]. Torna-se, assim, evidente a evolução deste nome: de uma propriedade e moinho pertencentes aos «Menoutos», família que residia em Montemor-o-Novo, houve uma evolução até «Minutos», como se usa atualmente.

A barragem, inaugurada em 2003, faz parte do Aproveitamento Hidroagrícola dos Minutos.

 

 

 

MONFURADO (Serra e herdade de)

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Nome originado em Monte Furado, elevação atravessada por galerias, as quais, neste caso, resultaram da exploração de ferro na época romana[132]. O pároco do Escoural José da Cunha e Silva afirmou, na sua memória de 1758, provir esse nome «de se verem na mesma serra muitas covas e algumas que atravessam por baixo dela»[133]. Nos começos do século XVIII alguns eremitas começaram a viver nessas cavidades, tendo tal experiência religiosa resultado na fundação da Congregação dos Monges das Covas de Monfurado[134], que seguiam a regra de São Paulo da Serra de Ossa, assim como na construção do respetivo convento. No século XIX foi retomada a atividade mineira[135], que destruiu os vestígios anteriores.

Em 1419 aparece referida a herdade de Monfurado, que confrontava com a de Santiago do Escoural[136]. A Décima de 1783 inclui a herdade de Monfurado, que era foreira ao Convento de São João de Deus, ao Convento do Salvador de Évora e a outras entidades[137]

 

 

 

MONTE DAS PEDRAS (Herdade do)

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Este topónimo, aplicado a uma das herdades da antiga freguesia da Represa, teve a sua origem numa anta, hoje «com esteios tombados e partidos, a que se juntaram pedras»[138]. Em 1783 era maior senhoria da herdade a marquesa de Alvito[139].

 

 

 

MONTE DOS FRADES (Herdades do)

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Estas herdades da freguesia de Cortiçadas de Lavre devem o seu nome ao facto de terem pertencido ao Convento de Nª. Sª. da Graça, de Évora. Em 1704 um representante dessa comunidade arrendou a herdade do Monte dos Frades de Baixo, por 6 anos, ao lavrador João Martins[140]. A Décima de 1789, por sua vez, menciona as herdades do Monte dos Frades de Cima, do Monte dos Frades do Meio e do Monte dos Frades de Baixo[141].

 

 

 

N

NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO (Ermida de)

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D. Manuel I ordenou o culto de Nª. Sª. da Visitação em Portugal, a 23.5.1516. A comemoração deveria fazer-se anualmente, a 2 de julho, com procissão solene. Em Montemor-o-Novo os festejos realizaram-se já em 1518, estando documentados os de outros anos ao longo do século XVI[142].  Daí ser de aceitar que a edificação da respetiva ermida seja posterior, embora não muito, àquela data, atendendo ao estilo manuelino em que foi construída.

A ermida tornou-se, com o passar do tempo, num centro de peregrinação de âmbito regional, o que é confirmado pelos ex-votos que nela se conservam.

 

 

 

P

PASSA FIGO (Lugar de)

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Tem, provavelmente, origem numa alcunha. Em 1359 João Domingues «Passa Figo» foi testemunha do contrato de emprazamento de uns engenhos na ribeira de Canha[143]. E em 1446 a igreja de Santa Maria dos Açougues emprazou a Esteve Eanes «Passafigo» e à mulher uns pardieiros dentro da cerca da vila[144]. Em 1605 António Monteiro, morador em Lisboa, arrendou a courela de Passafigo, com suas casas de morada, ao lavrador André Luís, por 5 anos[145].

 

 

 

PATALIM (Lugar e courela de)

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O livro das propriedades do Hospital de Évora, compilado em 1537 por Cristóvão Rodrigues Azinheiro, menciona, entre os bens dessa instituição que estavam aforados ou arrendados, a «herdade de Fernão Patalim (…) ribeira d’Alcaleva»[146]. Deve ter sido o apelido deste proprietário e dos seus familiares, que deu origem ao topónimo.

A 16 de janeiro de 1669 almoçou na «Venda de Patalim», aqui existente para apoio de viajantes, o príncipe herdeiro do estado italiano da Toscana, futuro Cosme III de Médicis, com uma larga comitiva. Saído de Évora, com destino a Lisboa, percorrera «duas léguas e meia de caminho acidentado, por território bravio e apenas abundante de grandes sobreiros». No fim do dia, o futuro soberano foi hospedar-se, com os seus acompanhantes, no convento dominicano de Santo António, em Montemor-o-Novo[147].

 

 

 

 

PEDRA LONGA (Herdade da)

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Topónimo originado no menir, com 3,42 m. de altura,  nela existente[148]. Em 1783 era senhorio da herdade António Manhãs Barreto[149].

 

 

 

PEDRAS ALVAS (Herdade de)

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É mencionada nos séculos XV e XVI como herdade de Peras Alvas[150], provavelmente em alusão a algum pomar aí existente com peras de cor clara. O tombo do Hospital do Espírito Santo e de Santo André, de 1531, incluía «a herdade d’Amoreira em que está Diogo Dias Oliveira e também se chama de Peras Alvas», de que o Hospital tinha comprado vários quinhões[151].

No lançamento da Décima de 1783 já é referida com o nome atual de herdade de Pedras Alvas, de que era maior senhorio o Convento da Saudação, não figurando o Hospital entre os outros nove quinhoeiros[152]. Por isso, a instituição hospitalar deve ter alienado a sua parte antes desta última data.

 

 

 

PÉGORAS (Herdades de)

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O topónimo, segundo Henrique da Silva Louro, é «nome árabe ou arabizado que parece provir do pecus- pecoris latino (gado)» e refere-se a «um herdamento (…) em Pegores» que o Cabido da Sé de Évora em 1311 herdou do cónego João Rodrigues[153].

Em 1783 a herdade de Pégoras de Cima, integrada na parte da freguesia de São Sebastião da Giesteira que pertencia ao termo de Montemor-o-Novo, tinha por maior senhorio o capitão Francisco Piteira Ramalho e a herdade de Pégoras de Baixo, da freguesia de Santa Sofia, tinha como maior senhoria a Misericórdia montemorense[154].

 

 

 

PERO MÓGÃO e PERO MOGO (Herdades de)

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Em 1311 o Cabido da Sé de Évora herdou do cónego João Rodrigues um «herdamento (…) em Pegores», que tinha pertencido aos pais deste, Rodrigo Rodrigues e Dona Estevainha. A propriedade tinha como limites, entre outros a «agua de Pegores» (ribeiro de Pégores) e a «agua de Paay Moogo» (ribeiro de Paio Mogo ou Mógão)[155]. Em 1487 Rui Mendes Gago, que viria a ser o principal benemérito da Misericórdia, trocou uma herdade que tinha no termo de Arraiolos por outra em Montemor-o-Novo, pertencente ao fidalgo António Lobo, «onde chamam Pero Mógão»[156]

A Décima de 1783 inclui as herdades de Pero Mógão, cujo senhorio era Gomes Pereira Freire, e a de Pero Mogo, propriedade de José Joaquim de Vilalobos[157], ambas na freguesia de Santa Sofia. Paio Mogo e Pero Mogo (e Mógão) eram, por certo, os nomes de quem, no século XIII ou ainda antes, detinha estas propriedades[158].

 

 

 

PITAMARIÇA (Herdades de)

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D. Afonso V, em 1478, doou a (Martim) Roupeiro, morador em Montemor-o-Novo, e seus herdeiros, «uma terra maninha que se chama a Peito Mariza Pequena», no termo de Lavre, sem obrigação de qualquer foro[159]. A herdade de Peitomariça vem referida no tombo de 1531 do Hospital do Espírito Santo e de Santo André, como limite de uma propriedade do hospital[160].

Em 1698 morava na herdade de Peitamariça de Cima o lavrador e juiz ordinário de Lavre Bento Lopes Nabo, que era procurador da condessa de Santa Cruz, mãe e tutora de D. Martinho Mascarenhas, senhor da vila, no arrendamento das propriedades destes[161].  A Décima de 1785 regista as herdades de Peitamariça de Baixo e Peitamariça de Cima, que pertenciam a vários senhorios não especificados[162].

 

 

 

PONTE DE ÉVORA (Sítio da)

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A ponte que permitia a passagem, sobre a ribeira de Canha, a quem se deslocava da vila para Évora, é já mencionada no século XV, pois em 1482 Mestre Filipe, escudeiro, e a sua mulher Catarina Gonçalves trocaram um canal que tinham «à Ponte de Évora, termo desta vila» por outro no ribeiro de Benavessim[163]. É provável que a obra tenha sido levantada nesse século, dado que não aparece mencionada antes. Ao longo dos séculos surgem referências ao moinho e a ferragiais nesse local. Em 1610 o alcaide-mor D. Fernão Martins Mascarenhas arrendou o seu moinho de moer pão aí situado, com suas casas de morada, além de outras casas e de uma courela de terra, ao moleiro Gaspar Gonçalves Bispo, por 3 anos[164].

A décima de 1783 indica como senhorio do Moinho da Ponte de Évora Manuel Caetano Pratas, sendo o mesmo foreiro à comenda do Conde Barão (Comenda da Represa)[165].

 

 

 

PRATA (Monte da)

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Propriedade da freguesia do Escoural, que foi chamada herdade de Almoxaratim[166]. Em 1449 D. Afonso V doou a Álvaro de Brito, vedor-mor das suas Artilharias da Guerra, uma herdade em Montemor-o-Novo «em que está a mineira do artimónio»[167]. O antimónio, metal de cor branca-prateada, é usado como constituinte de uma liga à base de chumbo, para lhe conferir dureza e rigidez. Álvaro de Brito foi pai de D. Mécia de Moura, fundadora do Mosteiro da Saudação. Em 1482 esta e o irmão, Bartolomeu de Moura, eram donos da herdade de Almoxaratim[168]. Metade desta herdade, também chamada da Mina ou Monte da Prata, foi uma das propriedades legadas por D. Mécia ao mosteiro que fundou[169]. A outra metade, no entanto, pertencia ao Hospital da vila, por lhe ter sido deixada por Leonor Vicente e vem referida no respetivo tombo de 1531[170].

 

 

 

PRETOS (Quinta dos)

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Também chamada Quinta do Vidigal. A primeira designação deveu-se a ter pertencido, em 1587, a Pedro Gomes Preto, fidalgo da casa real, filho de Brás Rodrigues Preto, morador em Évora, e a Guiomar Freire de Andrade, sua mulher. A propriedade tinha sido do pai desta, André Freire[171]. Em 1783 era de Valentim Lobo da Silveira[172].

 

 

 

R

RAVASQUEIRA (Herdade da)

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Este topónimo pode ser derivado de ravasca, que tem o significado de zanga[173]. Em 1600 Luís Martins de Sousa, morador em Montemor-o-Novo, arrendou a sua herdade da Ravasqueira, na freguesia de Santo Aleixo, ao lavrador Manuel Martins, por 3 anos[174]. O lançamento da Décima de 1783 mostra que havia três herdades com este nome, a da Ravasqueira Seca e a da Ravasqueira de Baixo, que tinham por senhorio Luís António de Melo, e a da Ravasqueira do Paço, de António da Silva Laboreiro[175].

 

 

 

REGUENGO (Aldeia do)

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O termo reguengo significa «pertencente ao património régio». Este topónimo tem a sua origem no conjunto de propriedades da freguesia de São Mateus que, no fim da Idade Média, eram da coroa e que a mesma entregou aos alcaides da vila, para seu usufruto e sustentáculo. O foral de 1503 menciona este reguengo, afirmando que «anda com os direitos da alcaidaria», de que era usufrutuário D. João Mascarenhas, alcaide-mor[176]. Em 1699 foram referidas, para efeito da cobrança do imposto da Décima, na freguesia de São Mateus, as herdades do Reguengo, do Reguenguinho e da Barrada e, na freguesia do Escoural, a do Castelo, todas pertencentes «ao conde de Santa Cruz»[177], que era D. Martinho Mascarenhas, alcaide de Montemor. Na décima de 1783 ainda as três herdades de São Mateus tinham como senhoria «a Alcaidaria Mor»[178].

Foi nesse território que surgiu, mais tarde, a povoação com este nome e se formaram as propriedades que atualmente também o usam.

 

 

 

REINALDA (Lugar e fazenda da)

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Sítio junto à estrada de Montemor para Alcácer do Sal, que foi no passado ocupado por vinhas e olivais. Em 1471 a igreja de Santa Maria do Bispo emprazou uma vinha com oliveiras no local «onde chamam a Reinalda». A mesma confrontava com outras quatro vinhas e com o caminho de Alcácer[179]. Em 1496 a igreja aforou outra vinha nesse local, junto à mesma estrada, a qual tinha limites com quatro vinhas e um olival[180]. A origem deste topónimo está, por certo, no nome de algum ou alguma proprietária.

 

 

 

REPOULA (Herdade da)

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A antiga freguesia de São Geraldo também se chamou «São Geraldo da Rapoula», nome proveniente, segundo Henrique da Silva Louro, de Iben Arropolo[181]. Mencionada em 1404, quando Catarina Gonçalves Nogueira deixou a um sobrinho um quinhão nesta herdade[182]. É também referida no tombo, de 1531, do Hospital do Espírito Santo e de Santo André, por ter sido legado um quinhão do seu rendimento a um sobrinho de Catarina Gonçalves[183].

Entrou, parte desta herdade, no domínio da Comenda da Represa, pois em 1783 era designada por herdade da Comenda da Repoula, e dela era senhoria a marquesa de Alvito, donatária da comenda santiaguista[184]. Na mesma data e também na freguesia de São Geraldo, a «herdade da Repoula», talvez a parte com maior extensão da herdade, pertencia ao padre João Crisóstomo da Guarda Perdigão[185].

 

 

 

REPRESA (Igreja e herdade da)

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Este topónimo está, por certo, relacionado com um aproveitamento hidráulico construído na ribeira do mesmo nome em época anterior ao século XIII. O lugar já é referido em 1217, nos limites do território de Arraiolos, aquando da doação do mesmo ao bispo de Évora por D. Sancho II. E voltou a ser mencionado em 1259, na composição feita entre a Ordem de Santiago e D. Martinho, bispo de Évora[186]. Foi constituído em comenda desta Ordem, cuja sede era a igreja de Nª. Sª. da Purificação. Esta era também sede de paróquia.

Em 1593 o Mosteiro da Saudação tinha um quinhão na herdade da Represa, proveniente de legado de Diogo da Cunha[187].

 

 

 

RICOME (Fazenda de)

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O nome desta fazenda dos arredores de Montemor-o-Novo resultou da aglutinação de Rico Homem, termo que se referia, entre os séculos XIII e XIV, ao grau mais elevado da nobreza, cujos detentores ocupavam lugar de destaque na cúria régia e eram responsáveis pela administração das «terras», circunscrições em que o reino estava dividido[188]. Por isso, a mesma pertenceu a alguém com esse estatuto.

Isabel Pires de Torres, viúva de António Martins Branco, arrendou, em 1605, a sua quinta de Ricome, com as respetivas casas de morada, pomar de regadio e sequeiro, vinha e olival, ao sapateiro Diogo Dias, por 2 anos[189]. Em 1783 a fazenda de Ricome era propriedade de José Colaço e era foreira à Misericórdia e ao convento de São João de Deus.

 

 

 

RIO MOURINHO (Lugar e antigo convento de)

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Aqui foi fundada, em data indeterminada do século XV, por Mendo Gomes Seabra, uma comunidade da Ordem dos Eremitas de São Paulo, confirmada em 1435 pelo rei D. Duarte[190]. Estava na dependência do Convento da Serra de Ossa, cujos membros eram chamados «pobres» devido à simplicidade do modelo de vida que seguiam. Em 1445 a igreja de Santa Maria do Bispo emprazou aos «proves da cela de Rui Mourinho e a todos os outros proves que na dita cela  ora estão e ao diante estiverem» duas courelas no dito logo de «Rui Mourinho»[191]. Só daí em diante a casa conventual deve ter sido construída.

Em 1453 o escudeiro Paio Rodrigues tinha um moinho no Rio Mourinho[192].

 

 

 

ROSENTA (Courela, herdade e foros da)

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Topónimo que resultou de Resente Armado, mencionado no mesmo local desde a Idade Média ao século XVIII. A herdade de Resente Armado foi deixada ao Hospital do Espírito Santo e de Santo André pelo casal João de Coimbra e Inês Fernandes, que nela viviam, em 1507[193]. Em 1574, no entanto, foi mencionada sob a forma de «Rosendo Armado», quando era propriedade de Cosme de Carvalho, cavaleiro fidalgo[194]. No lançamento da Décima de 1783 a herdade de Resente Armado tinha como senhoria Rosa Maria (de Sousa)[195].

 

 

 

S

SAFIRA (Lugar de)

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Esta antiga freguesia foi objeto de visitações pela autoridade religiosa em 1534, 1543, 1589 e 1592. Pelas recomendações dos visitadores conclui-se que a igreja era bastante mais antiga[196].

 

 

 

SANCHA CABEÇA (Herdade e quinta de)

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Nome com origem medieval. Em 1365 Sancha Cabeça, casada com João Domingues, e Domingos Bartolomeu Cabeça, seu irmão, ambos filhos de Bartolomeu Cabeça e de Maria Formosa, fizeram partilhas de uma herdade no termo de Arraiolos com familiares[197]. Anos depois, em 1389, Sancha Cabeça surge como dona de casas na rua do Poço das Aventuras, em Montemor-o-Novo[198]. A rua já não existe, ficava na parte superior do atual terreiro de São João de Deus, na continuação da atual rua do Caldeirão. Esta proprietária era, por certo, além dos prédios referidos e provavelmente de outros, dona também do prédio rústico dos arredores da vila que ficou conhecido pelo seu nome. Em 1465 Margarida Anes, viúva de João Afonso, deixou em testamento às suas duas filhas, Inês Afonso e Mécia Afonso, «o assentamento de Sancha Cabeça, herdade e pomar»[199].

A propriedade, chamada «quinta de Vale de Fontes ou Sancha Cabeça por outro nome»[200] viria a pertencer ao alcaide-mor D. Fernão Martins Mascarenhas, que em 1614 mandou edificar a respetiva casa e, dois anos depois, encomendou sete fontes de mármore para a mesma[201]. Em 1783 era senhorio da herdade e da quinta João Damasceno Pinto de São Paio[202].

 

 

 

SANTA COMBA (Herdade de)

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Esta herdade do antigo termo de Lavre deve o seu nome ao facto de nela ter existido uma capela dessa invocação. Na Memória Paroquial de 1758, o reitor afirmava que a vila tinha quatro ermidas anexas à paróquia, uma das quais «Santa Comba em uma herdade próxima à ribeira da mesma vila»[203]. Em 1704 a herdade pertencia à marquesa de Monte Belo, cujo procurador a arrendou, por 5 anos, ao lavrador João Serrão[204]

 

 

 

SANTA MARGARIDA (Sítio de)

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A capela medieval de Santa Margarida deu o nome a este local, assim como às propriedades e moinho nele existentes. A sua fundação ficou a dever-se a D. Maria Reinaldo e João Antas, cavaleiro de D. Afonso III, através de testamento, a qual foi aprovada em 1281 pelo bispo de Évora D. Durando Pais. Para o seu sustento deixaram-lhe os instituidores a herdade de Santa Margarida e o moinho do mesmo nome[205].

Em 1440 Nuno Dantas, escudeiro, e a sua mulher Isabel de Brito fizeram partilha com a igreja de Santa Maria do Bispo de umas vinhas em Santa Margarida, que confrontavam com o respetivo moinho[206]. E em 1453 a mesma igreja emprazou ao casal João Vaz e Maria Rodrigues «duas courelas de mortório (antigas vinhas abandonadas)» em Santa Margarida[207]. O tombo de 1531 do Hospital do Espírito Santo e de Santo André inclui entre os bens da instituição «um canal em Santa Margarida» que confrontava com outros dois canais e com a ribeira de Canha[208]. No século XVII o local continuou a ser ocupado por vinhas.

 

 

 

SANTO ALEIXO (Igreja e herdade de)

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O casal João Criado e Beatriz Gomes, moradores na vila, tinham parte «numa herdade do termo (…) em Santo Aleixo», a qual tinha sido de Martim Anes Gamito. Em 1494 venderam-na a Rui Mendes Gago[209]. Em 1583 o Mosteiro da Saudação recebeu, do dote de Soror Marta de São Pedro, metade da herdade de Santo Aleixo ou Outeiro de Santo Aleixo[210].

A Décima de 1783 mostra que, nesse ano, era senhorio da herdade António da Silva Laboreiro[211].

 

 

 

SANTO ANDRÉ DO OUTEIRO (Ermida e herdade de)

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Esta ermida, edificada sobre uma elevação dos arredores de Montemor-o-Novo, foi construída entre os finais do século XIII e começos do século XIV[212]. A existência, na vila, de uma albergaria da invocação do mesmo santo deve ter favorecido uma ligação entre ambas as casas, assim como a necessidade de distinguir uma da outra, com a especificação «do Outeiro» na designação da ermida. Uma das obrigações do Hospital do Espírito Santo e de Santo André era de mandar dizer uma missa rezada em Santo André do Outeiro todas as sextas feiras e, no dia de Santo André, uma missa cantada, além de outra no próprio Hospital, «no altar de Santo André»[213].

Em 1448 a igreja de Santa Maria do Bispo aforou ao clérigo Álvaro Gil um chão e um olival que ficavam «no caminho de Santo André»[214]. Em 1607 o alcaide-mor D. Fernão Martins Mascarenhas aforou três courelas de terra da sua herdade de Santo André ao confeiteiro Gabriel Fernandes. O objetivo era que as mesmas fossem convertidas em vinhas. A herdade confrontava, de um lado, «com a Adua do concelho» e, do outro, «com os coutos da vila»[215]. Em 1783 a courela de Santo André pertencia aos herdeiros do Padre João Carvalho Domingão e era foreira à Misericórdia. A horta de Santo André, nesse mesmo ano, era foreira ao conde de Óbidos[216].

 

 

 

SÃO GENS (Igreja e courela de)

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As referências mais remotas a esta igreja paroquial são do século XVI. O tombo de 1531 do Hospital do Espírito Santo e de Santo André menciona a courela de São Gens, pertencente ao hospital[217]. O visitador de 1534 achou a igreja «muito bem concertada e repairada»[218]. Leonor Mendes, viúva de António Freire, arrendou em 1605 a quinta de São Gens, a Cristóvão Figueira, pomareiro, por 4 anos[219]. Em 1783 era senhorio da courela de São Gens o desembargador Estêvão José Palha, e da quinta de São Gens, ou da Infanta, o marquês de Valença[220].

 

 

 

SÃO LUÍS DA MOUGUEIRA (Ermida, quinta e herdade de)

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O atual edifício da ermida de São Luís da Mougueira é uma reconstrução de 1794-1795[221]. Foi objeto, até ao século XX, de culto em redor dos animais, de que o orago é o protetor, com deposição de ex-votos.

A quinta da Mougueira, com pomar de regadio e sequeiro, e também olival, foi arrendada em 1605 pelo fidalgo Luís Lobo a Amador Fernandes, por 4 anos. A mesma estava dentro da herdade do mesmo nome, também pertencente àquele proprietário[222].

 

 

 

SÃO MATEUS (Igreja, lugar e courela de)

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Em 1210 o deão do Cabido de Évora Fernando fez doação ao mosteiro de São Vicente de Lisboa da igreja de São Mateus, em Montemor, «com todos os seus passais», e no ano seguinte o bispo D. Sueiro II confirmou essa doação[223]. A existência desta igreja paroquial implicava a de uma comunidade, mesmo que dispersa, nas suas imediações, que a mesma servia.

O fidalgo Pero Botelho arrendou, em 1608, a sua quinta «que está pegada com a igreja de São Mateus», com pomar de regadio e sequeiro e casas de morada, ao pomareiro João Fernandes, por 2 anos[224] Em 1783 a courela de São Mateus pertencia aos «cónegos de Portalegre»[225], ou seja ao respetivo Cabido da Sé.

 

 

 

SÃO SIMÃO (Ermida e courela de)

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A colina de São Simão é uma das três que formam uma linha paralela, a norte, ao Montemaior, a elevação em que surgiu a antiga vila, e em que foram construídas ermidas. As outras são as de Santo André e de Nossa Senhora da Visitação. Da antiga ermida restam hoje ruínas. O livro de Atas das Vereações da Câmara de 1503-1504 refere-se à nomeação, a 12.6.1504, de Pero Gonçalves como «ermitão de São Simão», autorizando-o a pedir para a capela[226]. É provável que a construção datasse já do século anterior. A imagem quinhentista do santo[227] (atualmente na igreja do Calvário) é uma das poucas peças que subsistem deste antigo lugar de culto. A Décima de 1783 informa de que a courela de São Simão pertencia a Domingos José Moniz, sendo rendeiro da parte de baixo da propriedade António da Silva Laboreiro[228].

 

 

 

SESMO (Monte do)

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Um sesmo era uma terra atribuída a alguém por um sesmeiro, funcionário encarregado de distribuir terras abandonadas a quem estivesse disposto a explorá-las. Em 1365 Domingos Bartolomeu Cabeça e a sua irmã Sancha Cabeça fizeram partilhas de uma vinha no Sesmo com Vicente Anes e Catarina Esteves[229]. Em 1400 a igreja de Santa Maria dos Açougues (ou da Vila) emprazou uma vinha no Sesmo ao judeu Judas Alcanzil e à sua mulher[230]. Era, por isso, nesse tempo, uma zona de vinhas.

 

 

 

SILVEIRAS (Lugar das)

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O surgimento desta povoação teve origem na estrada que a atravessa, vinda do litoral para Montemor-o-Novo e o centro do Alentejo. Na Idade Média essa ligação fazia-se por Landeira e Cabrela, mas no século XVI, no reinado de D. João III, foi aberto um caminho direto entre Aldeia Galega (hoje Montijo) e Montemor, através da charneca. A estrada foi da iniciativa do Correio-Mor do Reino Luís Afonso e destinou-se a facilitar as comunicações postais entre Lisboa e o interior, tendo sido também decisiva para facilitar as ligações comerciais, efetuadas na época através de almocreves. A partir dela se desenvolveu Vendas Novas, local onde surgiram estalagens para acolhimento dos transeuntes e respetivos animais[231], mas igualmente Silveiras, onde foram instaladas também algumas vendas. Em 1600 Luís Martins de Sousa, morador em Montemor-o-Novo e proprietário da «venda  a que chamam a venda da Silveira (…) que está de longo da estrada que vai desta vila para a cidade de Lisboa», arrendou a mesma a Manuel de Palma, por 4 anos[232].

Em 1783 funcionavam aí a Venda de Cima, de que era senhorio Manuel Caetano Pratas, a Estalagem dos Choupos, de António Dias, e a Venda de Baixo, cujo proprietário era o conde de Vila Nova[233].

 

 

 

SIMARRO (Herdades do)

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Este topónimo tem, certamente, origem no apelido familiar de um antigo proprietário. Em 1722 o marquês de Gouveia e senhor de Lavre D. Martinho Mascarenhas arrendou a herdade do Simarro de Baixo a António Miguens, do termo de Coruche, por cinco anos[234]. Em 1748 Jacinto Manuel Varregoso arrendou a herdade do Simarrinho, por 4 anos, ao lavrador Manuel Vidigal Aparício[235]. E em 1771 Sebastião Álvares dos Santos entregou em arrendamento a herdade do Simarro de Cima a José dos Santos, pelo tempo de 3 anos[236].

 

 

 

SOBRAL DOS RICOS (Herdade do)

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Este nome, além de aludir à presença de sobreiros, sugere também a pertença, no século XVII, à família montemorense conhecida pelo apelido Rico. Em 1645 André Mendes Rico morava em Montemor-o-Novo, no Terreiro do Corro dos Touros, casado com Marta Nunes de Vargas. As filhas do casal, Antónia, Helena, Inês e Isabel, ficaram conhecidas pelas «Ricas» e moravam na rua Nova, tendo sido dado o seu nome à rua das Ricas, onde tinham casas[237]. Em 1783 o maior senhorio da «herdade das Ricas» era João Damasceno Pinto de São Paio[238].

 

 

 

T

TAGARROS (Herdade de)

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A courela dos Tagarros é referida no tombo de 1531 do Hospital do Espírito Santo e de Santo André, como limite da herdade da Caravela, pertencente à instituição de assistência. André Vaz Tagarro era um dos senhorios[239]. Este topónimo teve, por isso, uma origem antroponímica.

No lançamento da Décima de 1783 vem declarado como maior senhorio desta herdade Cristóvão de Sousa da Silva e Alte e como lavrador Simão Aniceto Laboreiro[240].

 

 

 

TERRA DAS FREIRAS (Herdades da)

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Uma herdade, da antiga freguesia de São Mateus, que viria a ter este nome foi comprada em 1490 por D. Mécia de Moura, fundadora do mosteiro da Saudação e legada por ela ao mesmo, em 1506, no seu testamento[241]. A Décima de 1783 mostra que, nesse ano, continuava a pertencer ao mosteiro[242]. Outra herdade com igual nome, mas situada na freguesia de São Cristóvão, era, neste último ano, foreira ao mesmo mosteiro dominicano, embora o senhorio útil fosse o Dr. José Pedro de Coentreiras[243]. Na freguesia da Represa existia outra herdade da Terra das Freiras, cujo lavrador era António Rosado[244]. E na do Escoural, na mesma data, a herdade das Terras das Freiras, de que eram senhorias as freiras do mosteiro de São Bento, de Évora[245].

 

 

 

TORRE DA GADANHA (Lugar da)

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Aqui deve ter existido uma casa-torre senhorial, construída talvez entre os séculos XV e XVI, período em que foram mais comuns estes edifícios, destinados a demonstrar e acentuar a nobreza dos seus detentores. Em 1573 o lavrador André Lopes, Alfeirão de alcunha, e a mulher eram donos de um quinhão da herdade de Mourel, a qual confrontava com as herdades da Torre da Gadanha e da Água de Todo o Ano. Venderam essa propriedade a Brás Álvares Pais[246].

Em 1783 era senhorio da herdade da Torre da Gadanha Luís Diogo Lobo da Silva[247].

 

 

 

TORRINHA (Quinta da)

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O nome desta propriedade teve origem na construção nela existente, que Túlio Espanca descreveu como «morabito muçulmano ou oratório cristão da época manuelina (…) construído dentro da tradição mudéjar», que é encimado por uma «cúpula de meia laranja apoiada em trompas lisas e remate exterior de disco gomeado com cabeça piramidal, de granito esculpido»[248]. A Fazenda da Torrinha era, em 1783, pertencente a Martinho José Laboreiro[249].

V

VALE DE MÓS (Herdade de)

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O nome desta propriedade da freguesia do Escoural deve-se, provavelmente, à presença de restos de construções megalíticas: de uma anta e de um menir[250]. Em 1398 a herdade de Vale das Mós pertencia a Vasco Gil, morador em Montemor-o-Novo e corregedor pelo rei Entre Tejo e Odiana. A seu pedido, D. João I coutou-lhe a mesma, ficando assim proibido, dentro dos seus limites, caçar, pescar, colher madeira, lande ou bolota, pastar com gado, beber água ou montar armadilhas a veados, sem a sua autorização[251]. Em 1449 D. Afonso V renovou este privilégio a Nuno Dantas, criado de D. Duarte, morador em Montemor-o-Novo[252].

Na Décima de 1783 surge como maior senhorio da herdade Gonçalo José da Silveira Preto[253].

 

 

 

VALE DE NOBRE (Herdade de)

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Nome certamente de origem medieval, que se deve a esta propriedade da antiga freguesia de São Romão ter pertencido a um proprietário da nobreza. O Mosteiro da Saudação possuía um quinhão desta herdade, proveniente do dote de Soror Margarida dos Reis, em 1581[254]. Em 1783 era seu maior senhorio Baltasar António Sinel de Cordes, pertencendo o restante rendimento a António de Sousa Falcão, a João Damasceno Pinto de Sampaio, aos conventos de Santa Clara de Évora, de São João de Deus e da Saudação, de Montemor-o-Novo, e a Tomé Freire Perdigão[255].

 

 

 

VALE DO CORVO (Herdade de)

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Esta herdade do antigo termo de Lavre vem mencionada no tombo de 1531 do Hospital do Espírito Santo e de Santo André, por o hospital ter herdado parte do seu rendimento[256]. Em 1747 o marquês de Gouveia e senhor de Lavre D. José Mascarenhas arrendou a herdade a Domingos de Almeida e ao seu filho Manuel de Almeida, por 3 anos[257].

 

 

 

[1] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 1 B 2 – 13.11.1483.

[2] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 4 E 1-2 – 1575.

[3] – Adalberto Alves, Dicionário de arabismos da língua portuguesa, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2013, 121 e 129

[4] – Gabriel Pereira, Documentos históricos da cidade de Évora, Primeira Parte, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1998 (Fac-símile da Edição de 1885), p. 248.

[5] – Adalberto Alves, Dicionário de arabismos da língua portuguesa, p. 177.

[6] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 549.

[7] – Torre do Tombo, Leitura Nova, Liv. 1 de Guadiana, f. 7.

[8] – Jorge Fonseca, «A cripta dos Mascarenhas no mosteiro de Nª. Sª. da Saudação de Montemor-o-Novo», Almansor, nº. 8 (2ª. Série), Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 2009, p. 30.

[9] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 463 v.

[10] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 463, 463 v., 534 v. e 535 v.

[11] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 503.

[12] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 1, f. 11.

[13] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 29 K 1 – C, f. 3.

[14] – Biblioteca Pública de Évora, Convento de Nª. Sª. da Saudação, Maço 28, Peça 151 – 3.11.1506; Jorge Fonseca, «O Mosteiro de Nª. Sª. da Saudação, de Montemor-o-Novo. Fundação e patrocínio régio», A Cidade de Évora, nº. 1 (2ª. Série), 1994-1995, p. 399.

[15] – Idem, Maço 7; Idem, p. 399-400.

[16] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV)», Almansor, nº. 6, Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 2007, p. 118.

[17] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 26-26 v.

[18] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 544 v. e 545.

[19] – Torre do Tombo, Gaveta VII, Maço 3, Doc. 18.

[20] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV)», pp.170-171.

[21] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Pergaminhos – 20.12.1482.

[22] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 82.

[23] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 551.

[24] – Adalberto Alves, Dicionário de arabismos da língua portuguesa, p. 311.

[25] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XIV)», p. 231.

[26] – Torre do Tombo, Núcleo Antigo, Códice nº.276 – Tombo das Capelas de Évora, f. 215.

[27] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 547.

[28] – Catarina Oliveira, Lugar e memória. Testemunhos megalíticos e leituras do passado, Lisboa, Colibri, 2001, pp. 51 e [145].

[29] – Biblioteca Pública de Évora, Convento de Nª. Sª. da Saudação, Maço 7 (3.3.1608).

[30] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 556 v.

[31] – Gabriel Pereira, Documentos históricos da cidade de Évora, Primeira Parte, p. 43.

[32] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 23.

[33] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 535 v.

[34] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV), p. 207.

[35] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 1, f. 58, 62 v. e 64.

[36] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 3 E 11.

[37] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 3, f. 73 v.

[38] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 480.

[39] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 3 E 1

[40] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 7, f. 57 v.

[41] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 5 v. a 11.

[42] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 531, 531 v., 543 v. e 548.

[43] – Túlio Espanca, Inventário artístico de Portugal. Distrito de Évora (Zona Norte), v. I, Lisboa, Academia Nacional de Belas Artes, 1975, p. 408.

[44] – Biblioteca Nacional, Reservados, Códice 958, f. 10 v.

[45] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 481 v. e 482 v.

[46] – Biblioteca Nacional, Reservados, Códice 958, f. 18 v.

[47] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 550.

[48] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 1, f. 194 v.-195 e 219 v.

[49] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 301 v.

[50] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 11, 25 e 27.

[51] – Torre do Tombo, Livro I da Chancelaria de D. Afonso III, f. 23 (Transcrito por Henrique da Silva Louro em «Arquivo de história local», O Montemorense, nº. 711 (Série II), de 26.6.1966, p. 3).

[52] – Biblioteca Nacional, Reservados, F.G. 10669-2, Carta testemunhável do treslado do tombo da medição e demarcação do termo da vila de Lavre (1542), f. 1 (Referido por Teresa Fonseca em Lavre. Oito séculos de história, Lisboa, Colibri, 2014, p. 11).

[53] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XVI)», Almansor, nº. 2 (3ª. Série), Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 2016, p. 68.

[54] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 29 K 8, f. 151 v.

[55] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 29 K 10, f. 80 v.

[56] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, F 2 F 9, f. 58 e 59.

[57] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XIV)», Almansor, nº. 5 (2ª. Série), Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 2006, p. 206.

[58] – Anastásia Mestrinho Salgado, «Ciborro. Uma aldeia diferente no Alentejo», Almansor, nº. 6 (2ª. Série), Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 2007, pp. 377-394.

[59] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV)», p. 198.

[60] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 539.

[61] – Anastásia Mestrinho Salgado, «Ciborro, uma aldeia diferente no Alentejo», pp. 377-394; Jorge Fonseca, «A cultura da vinha em Montemor-o-Novo», Almansor, nº. 7 (2ª. Série), Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 2008, pp. 89-92.

[62] – Maria Cristina Gomes Pimenta, As ordens de Avis e de Santiago na Baixa Idade Média. O governo de D. Jorge, Palmela, Câmara Municipal, 2002, p. 32.

[63] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 14, f. 81 v. – 23.3.1621.

[64] – Manuel Inácio Pestana, «Bens da Casa de Alvito em Montemor-o-Novo», Almansor, nº. 13, Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 1995-1996, pp. 285-299.

[65] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 538, 540 e 546

[66] – Torre do Tombo, Leitura Nova, Liv. 1 de Guadiana, f. 103 v.

[67] – Torre do Tombo, Leitura Nova, Liv. 7 de Guadiana, f. 89.

[68] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 594.

[69] – Rui Fontes Ferreira, «Construções de cortiça e terra de Cortiçadas de Lavre», Almansor, nº. 14 (1ª. Série), Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 2000, pp. 325-339.

[70] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, F 2 F 9, f. 50 v.

[71] – Torre do Tombo, Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 9, f. 145 v. – 146.

[72] – Jorge Fonseca, Os hospitais de Montemor-o-Novo entre os séculos XIII e XVI, Montemor-o-Novo, Santa Casa da Misericórdia, 2004, p. 26.

[73] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 1 K 3, f. 27 v.

[74] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 7, f. 30.

[75] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 565, 565 v., 576 e 593.

[76] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 575 v.

[77] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 525 v.

[78] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 65 v. e 66.

[79] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 29 K 1, f. 87.

[80] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 29 K 8, f. 86.

[81] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, E 2 F 1, f. 55 v., 56, 57 v., 58, 58 v., 62 v. e 66.

[82] – Jorge de Alarcão, Portugal romano, Lisboa, Verbo, 1973, p. 130.

[83] – Torre do Tombo, Núcleo Antigo, Códice 276 – Tombo das capelas de Évora, f. 185.

[84] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 6, f. 21 v.

[85] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A2 F 58, f. 476 v.

[86] – Pedro A. de Azevedo (Ed.), Livro dos bens de D. João de Portel, Lisboa, Colibri/Portel, Câmara Municipal, 2003 (Fac-Símile da 1ª. Edição, Lisboa, Arquivo Histórico Português, 1906-1910), pp. 86-87 e 162.

[87] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, pp. 67-68.

[88] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 570.

[89] – Biblioteca Pública de Évora, Convento de Nª. Sª. da Saudação, Maço 7 (9.6.1535 e 1.10.1620).

[90] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A e F 58, 546 v.

[91] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV)», p. 196.

[92] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 563.

[93] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, E 2 F 1, f. 53, 53 v. e 72.

[94] – Jorge de Oliveira e Ana Cristina Tomás, As forcas do distrito de Portalegre, Lisboa, Colibri, 2007, p. 20.

[95] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XIV)», p. 235.

[96] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 206 v.

[97] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 65, 65 v. e 69 v.

[98] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, F 2 F 9, f. 53 v.

[98b]– Teresa Fonseca, Custódio Gingão, um percurso de cidadania, Lisboa, Colibri, 2015, p. 28.

[99] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 55 a 65.

[100] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 571-571 v.

[101] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XIV)», p.199.

[102] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV)», p. 120.

[103] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV)», p. 114.

[104] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 326.

[105] – Henrique da Silva Louro, «A herdade da Giblaceira», O Montemorense, Série II, nº. 795, Évora, Gráfica Eborense, 4.2.1968, pp. 1 e 3.

[106] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 11 v. – 15 v.

[107] – Torre do Tombo, Núcleo Antigo, Códice nº. 276 – Tombo das Capelas de Évora, f. 219.

[108] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 519 v.

[109] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 619 v.

[110] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XIV)», 220-221.

[111] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Capela 2, Maço 15, nº. 1.

[112] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 615 v.

[113] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia, Códice nº. 1, f. 25 v.

[114] – Jorge Fonseca, Os hospitais de Montemor-o-Novo entre os séculos XIII e XVI, Montemor-o-Novo, Misericórdia, 2004, pp. 20-24 e 77-79.

[115] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia, Livro do Tombo da Misericórdia (1560), f. 8.

[116] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XIV)», p. 202 e 208.

[117] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 4, f. 29 v.

[118] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 621.

[119] – Torre do Tombo, Chancelaria de D. Afonso III, Doações, Liv. 1, f. 23.

[120] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV), p. 198.

[121] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 29 K 8, f. 88.

[122] – Torre do Tombo, Leitura Nova, Livro 5 de Guadiana, f. 136 v. – 28.2.1477.

[123] – Torre do Tombo, Leitura Nova, Livro 7 de Guadiana, f. 77 v.

[124] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 1, f. 206, 274 v.-275 e 284-289 v.

[125] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 622.

[126] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 1 K 1, f. 98.

[127] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 593 v.

[128] – Biblioteca Pública de Évora, Pergaminhos avulsos, Pasta 22, Peça 041.

[129] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor-o-Novo (Século XVI)», Almansor, nº. 2 (3ª. Série), Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 2016, p. 46.

[130] – Arquivo Histórico da Casa de Bragança, Vila Viçosa, BDMII, Res. Ms. 29 Adq.

[131] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 536 e 536 v.

[132] – Jorge de Alarcão, Portugal romano, Lisboa, Verbo, 1973, p. 130.

[133] – «O concelho de Montemor-o-Novo nas Memórias Paroquiais de 1758», Almansor, nº. 5, Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 1987, p. 165.

[134] – «O concelho de Montemor-o-Novo nas Memórias Paroquiais», p. 166.

[135] – Adalberto de Andrade, Carlos dos Reis Arruda, José Coelho da Silva Gameiro e João Martins da Silva, Minas de ferro de Montemor-o-Novo, Lisboa, Serviço de Fomento Mineiro, 1949; João Ferreira Braga e Joaquim Mendes de Oliveira, Jazigo de Montemor-o-Novo, Lisboa, Serviço de Fomento Mineiro, 1943.

[136] – Torre do Tombo, Núcleo Antigo, Códice nº. 276 – Tombo das Capelas de Évora, f. 185.

[137] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 481.

[138] – Catarina Oliveira, Lugar e memória. Testemunhos megalíticos e leituras do passado, p. 147.

[139] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 528 v.

[140] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 29 K 2, f. s. n.

[141] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, F 2 F 9, f. 55 v. e 56.

[142] – Jorge Fonseca, «Nª. Sª. da Visitação de Montemor-o-Novo. História de um culto», A Ermida de Nª. Sª. da Visitação de Montemor-o-Novo e os seus ex-votos, Montemor-o-Novo, Paróquia de Nª. Sª. da Vila, 1999, pp. 6-7.

[143] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XIV)», p. 204.

[144] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV)», p. 144.

[145] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 4, f. 6 v.

[146] – Gabriel Pereira, Documentos históricos da cidade de Évora, p.120.

[147] – Angel e Angela Sanchez Rivero, Viaje de Cosme de Medicis por España y Portugal (1668-1669), Madrid, Junta para Ampliacion de Estudios e Investigaciones Cientificas.

[148] – Catarina Oliveira, Lugar e memória. Testemunhos megalíticos e leituras do passado, Lisboa, Colibri, 2001, pp. 51 e [148].

[149] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 537.

[150] – Jorge Fonseca, Montemor-o-Novo no século XV, Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 1998, pp. 116-117.

[151] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 20 v. a 26.

[152] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 534.

[153] – Henrique da Silva Louro, «O Castelo de Pégores próximo de Montemor-o-Novo», O Montemorense, (Série II), nº. 812, 2.6.1968, p. 1; Henrique da Silva Louro, «O livro mais antigo da Sé de Évora», A Cidade de Évora, nº. 53-54, Évora, Câmara Municipal, 1970-1971, p. 334.

[154] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 514 v. e 523 v.

[155] – Henrique da Silva Louro, «O livro mais antigo da Sé de Évora», A Cidade de Évora, nº. 54-55, Évora, Câmara Municipal, 1970-1971, p. 334.

[156] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Capela 1, Maço 15.

[157] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 521 e 522.

[158] – Em 20.5.1318, Pero Mogo, clérigo de Faro, foi testemunha do testamento do deão de Silves Geraldo Pais (Maria do Rosário Barbosa Morujão (Coord.), Testamenti Ecclesiae Portugalliae (1071-1325), Lisboa, Universidade Católica Portuguesa, 2010, p. 590).

[159] – Torre do Tombo, Leitura Nova, Liv. 4 de Guadiana, f. 119.

[160] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 50 v.

[161] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 29 K 1- C, f. 3.

[162] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, F 2 F 9, f. 55 v.

[163] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Pergaminhos avulso, 20.12.1482.

[164] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 8, f. 76 v.

[165] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 208 v.

[166] – Biblioteca Pública de Évora, Convento da Saudação, M. 7 (Tombo do século XVIII).

[167] – Torre do Tombo, Leitura Nova, Liv. 3 de Guadiana, f. 229.

[168] – Biblioteca Pública de Évora, Convento da Saudação, Maço 25, Peça 45, e Maço 27, Peça 62.

[169] – Jorge Fonseca, «O Mosteiro de Nª. Sª. Da Saudação de Montemor-o-Novo. Fundação e patrocínio régio», A Cidade de Évora, nº. 1 (2ª. Série), Évora, Câmara Municipal, 1994-1995, p. 398-399.

[170] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 34 v.  e 39 v.

[171] – Biblioteca Nacional, Reservados, Códice 958 – Notícias de Montemor-o-Novo, f. 12 v. – 22.3.1581 e f. 20 v. – 7.11.1587.

[172] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 553 v.

[173] – José Pedro Machado, Dicionário onomástico etimológico da língua portuguesa, v. III, Lisboa, Horizonte, 1993, p. 1243.

[174] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 2, f. 110.

[175] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 565, 567 e 567 v.

[176] – Jorge Fonseca, «O foral manuelino», Montemor-o-Novo quinhentista e o foral manuelino, Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 2003, pp. 116-117.

[177] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 1, f. 194 v.-195 e 219 v.

[178] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 613 v., 617 v. e 618.

[179] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV)», pp. 193-194.

[180] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV)», pp. 213-214.

[181] – Henrique da Silva Louro, Freguesias e capelas curadas da Arquidiocese de Évora (Séculos XII a XX), p. 75.

[182] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 10.

[183] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 10.

[184] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 540.

[185] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 542 v.

[186] – Henrique da Silva Louro, Freguesias e capelas curadas da Arquidiocese de Évora (Séculos XII a XX), Évora, 1974, p. 64.

[187] – Biblioteca Pública de Évora, Convento de Nª. Sª. da Saudação, Maço 7 (25.1.1593).

[188] – Maria Teresa Campos Rodrigues, «Rico-Homem», Dicionário de história de Portugal (Dir. Joel Serrão), v. 3, Lisboa, Iniciativas Editoriais, 1971, p. 647.

[189] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 4, f. 64.

[190] – Túlio Espanca, Inventário artístico de Portugal. Distrito de Évora (Zona Norte), v. I, p. 343.

[191] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV)», p. 142.

[192] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor-o-Novo (Século XV)», p. 159-160.

[193] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 41 v. a 49 v.

[194] – Biblioteca Nacional, Reservados, Códice nº. 958, f. 19.

[195] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 560.

[196] – Henrique da Silva Louro, Freguesias e capelas curadas da Arquidiocese de Évora (Séculos XII a XX), p. 65.

[197] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XIV)», p. 217.

[198] – Isabel Branquinho, «A propriedade do Mosteiro da Santa Trindade de Santarém em Montemor-o-Novo (séculos XIV-XV)», Almansor, nº. 1 (2ª. Série), Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 2002, f. 51.

[199] – Arquivo Distrital de Évora, Convento da Saudação, Maço 33, f. 43 – 4.11.1465.

[200] – Biblioteca Nacional, Reservados, Códice 958, f. 169 – 18.11.1618.

[201] – Biblioteca Nacional, Cartórios Notariais de Montemor-o-Novo, Maço 15, Liv. 4, f. 100 – 15.1.1614; Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 10, f. 104 v. – 20.7.1616.

[202] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 618 v.

[203] – Torre do Tombo, Memórias Paroquiais, Lavre, v. 20, pp. 499-520 (Publicada em Almansor, nº. 5 (1ª. Série), Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 1987, p. 168.

[204] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 29 K 2, f. s. n.

[205] – Túlio Espanca, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Évora (Zona Norte), v. I, p. 345.

[206] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XIV)», pp. 136-137.

[207] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV)», p. 158.

[208] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 81 v.

[209] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Capela 1, Maço 7, nº. 1.

[210] – Biblioteca Pública de Évora, Convento de Nª. Sª. da Saudação, Maço 7 (9.5.1583).

[211] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 564.

[212] – Gonçalo Lopes, «A Ermida de Santo André do Outeiro: uma abordagem de arqueologia da arquitetura», Almansor, nº. 7 (2ª. Série), Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 2008, p. 61.

[213] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 91 v.

[214] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV)», pp. 148-149.

[215] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 6, f. 28.

[216] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 208 v. e 220 v.

[217] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 44.

[218] – Henrique da Silva Louro, Freguesias e capelas curadas da Arquidiocese de Évora (Séculos XII a XX), p. 74.

[219] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 4, f. 80 v.

[220] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 562.

[221] – Túlio Espanca, Inventário artístico de Portugal. Distrito de Évora (Zona Norte), pp. 346-347.

[222] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 4, f. 26 v.

[223] – Henrique da Silva Louro, «A verdade histórica da paróquia de São Mateus de Montemor-o-Novo», O Montemorense, nº. 719 (Série II), de 21.8.1966, pp. 1 e 4; Torre do Tombo, Mosteiro de São Vicente, 1ª. incorporação, Maço 1, Doc. 40.

[224] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 7, f. 141.

[225] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 621 v.

[226] Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 1 B 3, f. 72 v. (Almansor, nº. 9, 2ª. Série, 2010-2011, p. 90)

[227] – Túlio Espanca, Inventário artístico de Portugal. Distrito de Évora. Zona Norte, p. 330.

[228] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 209.

[229] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XIV)», p. 217.

[230] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor (Século XV)», p. 265.

[231] – Carlos Hidalgo Gomes de Loureiro, O Aguilhão. Vendas Novas. Estudos para a monografia. Manuscrito da Biblioteca Nacional, Res. Códice 10.537, p. 3-5.

[232] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 2 K 1, f. 72.

[233] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 589, 589 v. e 590 v.

[234] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 29 K 5, f. 108 v.

[235] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 29 K 8, f. 159.

[236] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 29 K 10, f. 89 v.

[237] – Jorge Fonseca, «Toponímia e urbanismo de Montemor-o-Novo (Séculos XV-XIX)», Almansor, nº. 14 (1ª. Série), Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 2000, pp. 61-62.

[238] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 594 v.

[239] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 5 v. e 8.

[240] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 543.

[241] – Biblioteca Pública de Évora, Convento de Nª. Sª. da Saudação, Maço 28, Peça 151 – 3.11.1506.

[242] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 620.

[243] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 605.

[244] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 535.

[245] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 485 v.

[246] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 1 K 1, f. 92 v.

[247] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 597 v.

[248] – Túlio Espanca, Inventário artístico de Portugal, Distrito de Évora (Zona Norte), V. I, p. 373.

[249] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 331 v.

[250] – Catarina Oliveira, Lugar e memória. Testemunhos megalíticos e leituras do passado, p. 151.

[251] – Torre do Tombo, Leitura Nova, Liv. 4 de Guadiana, f. 241.

[252] – Torre do Tombo, Leitura Nova, Liv. 3 de Guadiana, f. 216 v.

[253] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 501 v.

[254] – Biblioteca Pública de Évora, Convento de Nª. Sª. da Saudação, Maço 7 (12.9.1581).

[255] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, A 2 F 58, f. 598 v.

[256] – Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, Códice nº. 1, f. 75 v. e 76.

[257] – Arquivo Histórico Municipal de Montemor-o-Novo, 29 K 8, f. 88.

[258] – Torre do Tombo, Leitura Nova, Liv. 4 de Guadiana, f. 263.

[259] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor-o-Novo (Século XVI)», Almansor, nº. 2 (3ª. Série), Montemor-o-Novo, Câmara Municipal, 2016, p. 66.

[260] – Manuel J. C. Branco, «Subsídios documentais para a história de Montemor-o-Novo (Século XVI)», p. 80.

[261] – Luís de Bivar Guerra, Inventário e sequestro da Casa de Aveiro em 1759, Lisboa, Tribunal de Contas, 1952, pp. 293-296.

[262] – Teresa Fonseca, Joaquim José Varela e a Memória estatística acerca da notável vila de Montemor-o-Novo, Lisboa, Colibri, 1997, pp. 13-14.

[263] – Túlio Espanca, Inventário artístico do Distrito de Évora (Zona Norte), v. I, Lisboa, Academia Nacional de Belas Artes, 1975, p. 373.

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